1. |
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FRÁGIL PENUGEM NOS ARES GELADOS
Renascendo das cinzas
Brasa-coração
Parto do salto
Anunciação
De um profeta do ácido
Frágil penugem nos ares gelados
Vigília no sonho
Estação da fluidez
Montanha de gelo
No sertão se fez
Crianças esquiam
Derretem maçãs
Rinocerontes passeiam calados
Emoção química
Do lobo frontal
Jorrando formas
Em curvas cerebrais
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2. |
De corpo presente
02:49
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DE CORPO PRESENTE
Não lembro em que página parei
Nem tampouco onde o livro deixei
Mas qual era mesmo o nome
daquela iguaria que me deu fome ?
Perco o senso do tempo
Nas coisas da casa imerjo
Mas qual era mesmo o número do seu telefone ?
Vê se não some
Já não sei que horas são
Mas tenho todo tempo nas mãos
Esqueço pra lembrar
De corpo presente
Sentimentos há muito ausentes
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3. |
Buraco no tempo-espaço
02:02
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4. |
Estroboscópica
04:28
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ESTROBOSCÓPICA
Deuses em 8 bits
- it's playtime !
Batidas a 120 BPM
- it's partytime !
Passando de fase
passando de faixa
a mix perfeita
Em Recife começam os 90's
- it's playtime !
Techno Pop e música lenta
- it's partytime !
Estou alterado
com todas essas luzes no salão
percutindo o brilho do som
A mix perfeita
gravei pra ti numa fita
- Você vai à festa da Rita ?
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5. |
Vendo um meteoro passar
01:19
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VENDO UM METEORO PASSAR
Perdi tanto tempo a olhar
você dançando com outro par
Saí da festa, fui sentar,
olhando um meteoro passar
- mal de timidez
Não te chamaria pra dançar
- você brilha, "super(e)st(á)r"
a fim do céu
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6. |
Naturalmente punks
02:46
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NATURALMENTE PUNKS
Você tem um quê de Frida Khalo
E outros arquétipos tão caros
Naturalmente punks
Te chamei pra conhecer
O meu lar de pequeno burguês
Ristes com o tédio
Deste coração velho
Você tem um quê de Rita Lee
E outros arquétipos tão free
Naturalmente punks
Estranhando mas gozando
Rebelando mas soltando
Um pouco mais da linha
Da pipa que é sua vida
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7. |
Autossabotagem
01:44
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AUTOSSABOTAGEM
Fazer o bem pra si mesmo
Costuma ser complicado
Com tanta gente pedindo atenção
Ser cobrado, avaliado
Pago no final do mês.
Já não sei dirigir-me a você,
sem usar “prezado freguês”
Auto-sabotador nato
Com a culpa sacramentado
O desprazer como fundamental
Para manter o controle
do instintos mais “carnais”
Carnavais só com cinzas
Sempre se auto-destruindo
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8. |
Devoniano
04:28
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DEVONIANO
Vem se despir ao sol
Vento morno do arrebol
Nos aventurar
Ao entardecer
Pelo mangue andar
Nos fundir
Tempo enferruja o anzol
Dobras de um caracol
Uma espiral
A desenrolar
Lanças ao mar
Finas redes
Vê teus deuses pagãos
Quanto são afirmação
Uma ponte ao cais
Ao entardecer
Pelo mangue andar
Nos fundir
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9. |
Quatro ventos
02:13
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QUATRO VENTOS
Bóreas é violento
Aonde chega causa tormento
Zéfiro, ao contrário
Com ele tudo é calmo
Noto é desastrado
Derrama chuva do vaso
Já Euro, é generoso
Bom tempo para todos
São eles os quatro ventos
Que a Éolos escutam
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10. |
Trêmulo
04:13
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TRÊMULO
Treme o pé
Treme a terra e o pasto
Treme o olho da fé
Desestabilizado
Treme a canção
Treme a voz e o vento
Treme a boca e as mãos
Aonde buscam alento
Revirando o nosso ventre
O medo de perder
Aquilo que nunca tivemos
- Volta ao caos
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11. |
Estrela do Oriente
02:16
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ESTRELA DO ORIENTE
Fechar o canal
da escuta oprimida
Limpar a mente
do som da serpente
de aço, comprida
rastejando pelo ambiente
Ouvir o silêncio
dentro da cabeça
Colocar o corpo
em pé de conforto
Alinhar a mente
com a estrela do Oriente
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12. |
Eno
02:25
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ENO
Põe pra tocar esse disco de Brian Eno
ele deixa o ambiente tão zen
cheio de possibilidades estéticas
Antes de produzir o U2
imagina tu
que o bicho pintou e bordou
Roxy Music é tão bom,
mas eu prefiro
Eno, Eno
Fripp, Bowie, Byrne, Cluster
Eno, Eno
Nico, Cale, Devo, Can
Eno, Eno
Você é meu anti-hino,
Eno
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13. |
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O FANTASMA DO UNDERGROUND
Um outro eu
Vaga por aí
Subterrâneo,
num túnel sem fim
Ele é um fantasma
Do underground
Vive além do bem e do mal
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